Conheça a trajetória da artista Maria José Boaventura.
Maria José Boaventura
“A necessidade da arte é bem mais ampla do que um simples preenchimento satisfatório. Praticar arte é tão essencial e fundamental para o desenvolvimento do ser, como aprender a falar. É através da prática do exercício da arte que necessidades humanas básicas como: necessidade de evasão, de fixar significados, de representar, compreender e transcender se tornam reais. ” - Maria José Boaventura
MARIA JOSÉ BOAVENTURA - artista plástica, nasceu em Formiga MG, no ano de 1960. Graduada em Artes Visuais Licenciatura e Biblioteconomia, Pós-graduada em Gestão de Políticas Públicas de Cultura, pelo Itaú Cultural, Cátedra da UNESCO e Universitat de Girona na Espanha e Especialista em Educação a Distância. Em 1983 iniciou seus estudos de pintura e desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes (SBBA), na cidade do Rio de Janeiro, dando início também a sua trajetória artística. Um dos temas recorrentes em seus trabalhos, são as paisagens urbanas das cidades barrocas de Minas, sendo influenciada pelos artistas mineiros.
Como artista plástica, trabalha com as técnicas de Desenho Artístico, Pintura sobre tela, Aquarela e Fotografia. Como Professora de Arte, licenciada em Artes Visuais ministra cursos livres de Desenho Artístico, Pintura sobre tela, Aquarela, Curso de Arte para Criança e História da Arte, em seu atelier, criado em 1989. Em 1993-1996 foi Secretária Municipal de Cultura, onde desempenhou papel importante na cidade, criando e implantando vários projetos, dentre eles criou a Escola Municipal de Música Enésimo Lima.
Fez parte da implantação do Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural e da criação do Projeto de Proteção e Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural do Munícipio/ICMS Cultural. Entre 2008 a 2015, foi Tutora Presencial do Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFMG. Em 2013, retornando para a pasta da Secretaria Municipal de Cultura, fez parte também da implantação do Centro Cultural Casa do Engenheiro.
A artista acredita que a arte muda a história de vida das pessoas e a dela não foi diferente.
“A arte me colocou no mundo e mudou a minha história.”
Trajetória
Está catalogada
Livro ART BOOK – Arte Contemporânea. Vol. I – 2005
Revista Galeria em Tela- Ed. Online – 2010
Via das Gerais Catálogo Cultural da PUC – Arcos MG
Mãos e obras do centro Oeste Mineiro
Revista “Onde está a Cultura Formiguense” ed.1 2021
Foi selecionada e convidada para participar do calendário da ACRILEX, 2011
Participou de exposições coletivas e individuais
Exposição de Pintura da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro - RJ
Salão da Primavera da Sociedade Brasileira de Belas Artes Rio de Janeiro - RJ
Salão de Verão de Araruama - RJ
Salão de Verão de São Gonçalo Niterói - RJ
Individual no Espaço Cultural Banco do Brasil Formiga - MG
Individual Casa de Cultura de Arcos - MG
Coletiva no Centro de Artes em Divinópolis - MG
Tríptico individual no Centro de Artes de Divinópolis - MG
Individual A Poética das Cores no Centro Cultural da Fuom Formiga - MG
Coletiva no Museu Casa de Portinari em Brodósqui - SP
Individual no Museu Histórico de Formiga - MG
Coletiva na Assembleia Legislativa de Minas Gerais em Belo Horizonte - MG
Individual na WM Chocolatier Com o tema Maternidade em Belo Horizonte - MG
Coletiva “Brasil rumo ao Hexa” na Casa de Cultura de Betim - MG
Individual “Inquietações do Corpo” Casa dos Contos em Belo Horizonte - MG
Individual “Inquietações do Corpo” Hora do Almoço Formiga - MG
4 Artistas 4 Horizontes – Hotel Mercure BH - MG
Pintando ao Vivo – 150 anos de Formiga - MG
Primavera nos Museus – Formiga - MG
Artes Brasil Belo Horizonte - MG
Individual Vem pra Villa - Formiga - MG
Individual na Rua Barão de Piumhi – Formiga - MG
Coletiva “Tessituras Sensórias numa Constelação Visual” – Campinas - SP
PINTURAS e DESENHOS 1983 – 2023
Transitar pelas pinturas da artista é perceber a inquietação e a vontade de representar tudo o que os seus olhos alcançam. Tudo é provocação e ela vai de um tema ao outro como uma extensão de suas observações. Às vezes pinta o que está de fora, mas consciente do que contém dentro. A paisagem que descortina em suas janelas por onde quer que vá, tem uma presença importante no trabalho, assim como a relação de afetividade pela cidade mineira de Formiga. No primeiro momento o compromisso com a paisagem de representação histórica e documental da cidade se mistura com o desejo de fazer registros de um tempo, através da pintura. No decorrer do trabalho o desejo de pintar e de representar a paisagem como compromisso histórico e documental é substituído pelo interesse na expressão e nas várias possibilidades que as cores, manchas, linhas e formas oferecem para a transformação na imagem. A ruptura com a pintura de observação rica em detalhes cede lugar a emoção que é intensificada por meio das manchas, da intensidade das cores, dos fundos aguados, dos corpos e rostos fragmentados e das pinturas imaginárias. Até que aparece a abstração como resultado de um transbordamento do olhar. São linhas, formas, manchas e cores que constroem imagens que não podem mais figurar. E aos poucos a representação vai dando lugar a expressão, carregada de emoção.
PRÁTICAS DO ENSINO DE ARTES VISUAIS MARIA JOSÉ BOAVENTURA – ATELIER de ARTE
Criado em 1989 pela artista plástica Maria José Boaventura, o Atelier Arte e Pincel, hoje denominado Maria José Boaventura – Atelier de Arte, é um espaço que configura um marco no fazer artístico em Formiga MG. Além de ser o local de produção da artista é também uma escola de arte de cursos livres de Desenho Artístico, Pintura em Tela, Aquarela, Curso de Arte para Criança e História da Arte. A proposta do atelier é a construção da imagem através dos elementos fundamentais e o ensino de técnicas de desenho e pintura, para dar ao aluno autonomia na expressão, onde ele é o protagonista e autor de suas ideias. Através do exercício de observação do natural ou de referências fotográficas eles vivenciam processos de construção e desconstrução da imagem, tendo vivências e experiências estéticas, além de desenvolver o pensamento crítico, desenvolver competências e habilidades para as questões da expressão artística. O ensino de Artes Visuais no atelier tem como objetivo ofertar ao aluno a oportunidade de vivenciar seus processos intuitivos, criativos e o contexto, além de trabalhar a percepção cognitiva, desenvolvendo assim uma visão crítica da sua narrativa e do mundo.
Como uma política ideológica, a artista e os alunos sempre realizam projetos artísticos e culturais na cidade, pois entendem que a arte aponta os caminhos da cultura local. Foram vários projetos, sendo um deles o “Fazendo Arte na Rua” que agitou a cidade na década de 90, quando os alunos começaram a fazer uma série de pinturas murais pela cidade, chegando a pintar até mesmo o muro do Cemitério do Santíssimo. Outro projeto inédito na cidade foi o Pintando ao Vivo, evento que reuniu artistas de Belo Horizonte, artistas formiguenses e alunos do atelier, na praça da Matriz São Vicente Ferrer, onde passaram o dia fazendo pinturas em tela. Exposições itinerante, foi outro bom projeto, que agradou aos alunos que podiam apreciar as obras expostas em suas escolas. Enfim, muitas destas ações continuam a acontecer nos dias de hoje, como as exposições anuais dos trabalhos dos alunos, que recebem milhares de pessoas, as práticas de pinturas ao ar livre nas ruas, praças e avenidas, viagens culturais, oficinas de pintura e muito mais. Além de realizar, apoiar e participar dos projetos voluntários nas escolas da rede pública e nas instituições sociais como: Cemap, Caic, Apae, Mão Amiga, e no Cultura para Todos do Tatame do Bem. Milhares de alunos passaram pelo atelier, alguns colocaram arte em suas vidas como forma de satisfazer suas necessidades de expressão artística e outros fizeram da arte sua profissão.
Portfólio da Artista
Ouvidos tapados – ast – 90 x 140 – 2006
Esta pintura faz parte da série Inquietações do corpo. Uma série de trabalhos que expressam o corpo que fala através da dança e do desejo escondido. […]Corpo livre – ast – 90 x 140 – 2006
Nesta série, a Inquietações do corpo a artista trabalha de uma forma alegre e colorida, com o corpo que fala através dos movimentos da dança e […]Bailarina – ast – 60 x 80 – 2004
As figuras humanas também sempre foram de interesse da artista e a partir destes últimos trabalhos as cores, as formas, as linhas e recortes, ocupam o […]Cítrico – ast – 80 x 120 – 2005
A ruptura com a pintura de observação rica em detalhes cede lugar a pintura abstrata e concreta que vem carregada de emoção e que é intensificada […]Peras e flores – ast – 90 x 120 – 1998
As pinturas com os temas de flores e as naturezas mortas, também foram pintadas com várias técnicas com cores, texturas e formas que possibilitaram a expressão, […]Série Meu olhar sobre Formiga – Beco dos padres – ast – 60 x50 – 2004
Este trabalho faz parte sa série “Meu olhar sobre Formiga” que é composta de 14 pinturas. Estas obras fazem parte do acervo do Museu Municipal de […]Mineirice – ast – 38 x 46 – 2004
Novas possibilidades surgem nesta fase, a artista viaja para a cidade do Rio de Janeiro, para aprimorar técnicas com o artista Sebastião Xant.Uma igreja para Formiga (detalhe) – ast – 100 x 200 – 2008
Pintura realizada na Praça São Vicente Ferrer, no Projeto Pintando ao Vivo.Uma procissão para Formiga – ast – 90 x 120 – 2006
Nesta fase a artista inicia uma outra técnica de pintura onde a imagem começa a ser desconstruída, mas surgem as cores, as manchas e as linhas […]Uma luz em Ouro Preto – ost – 60×50 – 2004
Várias pinturas foram realizadas neste período com cores fortes e texturas, que reforçam as luzes e as sombras e intensificam a expressão repleta de emoção.Um beco para os padres – ast – 60 x 80 – 2004
Nesta pintura inicia-se novas técnicas, com texturas, cores e recortes diferentes da fase onde a artista tinha um compromisso com pintura histórica.Luz interior – ast – 70×90 – 2004
Esta pintura foi realizada para registrar a “Luz interior” da nossa Igreja Matriz de São Vicente Ferrer em Formiga, Mg. O compromisso com a pintura documental, […]Tiradentes MG – ost – 50×60 – 2004
Tiradentes é uma cidade que inspira a artista, fez várias pinturas de suas ruelas. Nesta pintura também percebe a influencia das obras de Cezannè.Pintando Diamantina – ost – 50×70 – 2004
A artista começa a sofrer forte influência das obras de Cezannè. As cores ficam mais fortes e as pinceladas mais largas.Um olhar para o Convento do Caraça – ost – 60×80 – 2000
Um olhar para outros horizontes. Pintura que retrata o convento do Caraça, na região de Santa Barbara, MGVista do Rio Formiga – ost – 40×60 – 1990
Esta pintura teve como referência a fotografia de José Luís Amarante Garcia, seu irmão. A foto inspirou a artista, por se tratar de uma vista parcial […]Uma lenda para a cidade de Formiga – ost – 100×1500 – 2011
Esta pintura retrata a lenda da cidade de Formiga – MG, ela foi encomendada pelo excelentismo Sr. Prefeito Aluísio Veloso, durante sua gestão 2009/2012. Esta obra […]Igreja do Rosário – ost – 50×60 – 1990
Esta pintura retrata da Igreja do Rosário que existia em frente ao Colégio Santa Teresinha na cidade de Formiga e foi demolida em 1967, retirando da […]Fachada da Igreja Matriz São Vicente Ferrer – ost – 60×80 – 1998
A Igreja Matriz São Vicente Ferrer da cidade de Formiga MG, tem uma arquitetura do período Barroco e encanta pela sua beleza. Ela tem uma presença […]O Beco dos Padres – ost – 30×50 – 1992
Esta pintura do beco dos padres, que tem ao fundo a lateral esquerda da Igreja Matriz de São Vicente de Ferrer, sempre foi uma inspiração para […]Retratando Formiga no século XIX – ost – 60×80 – 1992
Esta obra Retratando Formiga no Século XIX, foi pintada no período em que a artista traduzia em seus trabalhos, o sentimento de amor e civilidade pela […]