"Quem padroniza, limita. A criança fica feliz quando não é cobrada. ”
Os primeiros registros gráficos são importantíssimos na vida da criança, eles são o embrião do processo que a levará, de fato, a desenhar, a pintar e, mais tarde, a escrever.
O desenho é um passaporte para um mundo de imaginação, livre expressão e autoconhecimento. "Assim como a brincadeira é a linguagem que a criança tem para se relacionar com o mundo, desenhar e pintar também é", declara Lourdes.
O desenho permite que ela se manifeste de maneira autoral, crie realidades e participe de trocas simbólicas com outras crianças e adultos por meio desta expressão artística.
O desenho infantil é o resultado de tudo o que a criança aprendeu e da conquista da organização dos gestos e dos materiais utilizados para a confecção de suas produções. Os primeiros rabiscos servem de base para que futuramente a criança tenha uma maior facilidade em ampliar o seu conhecimento de arte. E para que isso aconteça devem ser oferecidas a ela várias possibilidades para que se expresse e assim, melhore suas habilidades motoras e enriqueça seu repertório.
Não limite, estimule.
No Atelier de Arte Maria José Boaventura oferecemos às crianças contato com materiais bem diversificados. Papéis de várias cores e texturas, pincéis, lápis e canetas de espessuras diferentes, tintas coloridas, argila, enfim, a variedade estimula novas ideias e perspectivas. A cada oportunidade de testar um novo material, um novo posicionamento diante da atividade surgirá.
"O potencial de criação que uma criança tem é enorme e ela não tem preconceitos quando se expressa", declara Soraya Lucato, educadora e artista plástica que trouxe para o Brasil o Cloliê, método que utiliza a pintura para incentivar a livre expressão.
Normalmente é o adulto quem diz “não é assim que se faz”, “você pintou o sol de azul, mas ele é amarelo”, “você esqueceu a porta da casa, toda casa tem porta”. “E se ele não quiser mesmo colocar a porta no desenho? ”, questiona Soraya. "De repente, não é mesmo para ninguém entrar nessa casa, de repente a entrada é pelo telhado ou por uma passagem secreta".
Portanto, resista à tentação de impor regras e padrões quando a criança estiver exercitando o desenho. Deixe-a o mais livre possível na atividade. "Quem padroniza, limita. A criança fica feliz quando não é cobrada, diz a socióloga Lourdes. Segundo Soraya, a partir do momento em que a criança descobre o próprio traço e que é capaz de fazer coisas sem compromisso estético, além de romper barreiras no desenho, leva isso para a vida, como experiência.
Fonte:
http://estilo.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2012/11/08/desenhar-ajuda-a-desenvolver-percepcao-emocao-e-inteligencia-incentive-as-criancas.htm